quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A primeira postagem é sempre a mais clichê.

Eu a vi parada em frente à livraria
Seu olhar era tão distante tão perdida e distraída que poderia ditar uma melodia
Cheguei perto, tão perto que ouvi seus pensamentos e eles me diziam que nossos lábios nunca se tocariam
Dei meia volta sem perceber que nunca vou saber se o que ouvi era verdade ou não

Eu a vi novamente em frente o cinema e dessa vez estava acompanhada
Seu olhar era disperso e frustrado, parecia estar insatisfeita com aquele momento
Não me arrisquei e observei, observei que ele chegou perto o suficiente para ler seus pensamentos
E seus pensamentos a ele nada diziam

“Leve-me para casa” disse ao homem mais próximo
Dentro daquele carro ouvi diversas coisas e entre elas as melhores entre as mais belas poesias
Entre elas uma breve cantiga da qual dizia “Arrependa-se de nunca ter tentado”
Em um breve suspiro percebi como era errado e covarde fugir das incertezas

Pela terceira vez estava parada fumando um cigarro na estação
Seu olhar distante e ansioso e dessa vez estava sozinha, sozinha e esperançosa
E sem pensar no que poderia escutar de seus pensamentos me aproximei e ouvi algo que nenhum rapaz um dia, jamais ouviria
Então lá estávamos nós, perto, tão perto que conseguíamos ouvir nossos próprios pensamentos
O meu não dizia nada, não pensava em nada, nada além daquele breve momento
E o dela dizia que tinha me visto pela primeira vez em uma livraria dando as costas para seus pensamentos que na hora diziam que queria companhia.

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